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Projeto de lei do semiárido é saída para o setor sucroalcooleiro

Se for aprovada e transformada em lei, a proposta vai abrir as portas para diversos incentivos às usinas e produtores de cana

Gravemente afetado nos últimos anos pela seca e pela perda de competividade para outros estados, o setor sucroalcooleiro do estado do Rio de Janeiro deposita boa parte de suas esperanças no Projeto de Lei 1.440/2019.

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De autoria do prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, quando foi deputado federal, o PL classifica o clima das regiões Norte e Noroeste Fluminense como semiárido. Se for aprovada e transformada em lei, a proposta vai abrir as portas para diversos incentivos às usinas e produtores de cana, trazendo um fôlego a mais à região que já foi a maior produtora de açúcar e álcool do Brasil.

Segundo o presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), Tito Inojosa, este seria um importante passo para acesso a benefícios como diminuição das taxas de juros, seguro de garantia para qualquer produção em todo o setor do agro, além de investimentos com recursos federais.

O secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca de Campos, Almy Júnior, reforça que a região possui eventos climáticos extremos e que isso é um grande risco para o setor. Por isso ele considera o PL 1.440 é necessário, pois oferece segurança aos agricultores.

– Eventos de seca ou chuva extremas são graves para a agricultura. Este ano ainda estamos tendo extremos climáticos, com temperaturas muito altas agora em novembro, que resultarão no atraso do plantio, desenvolvimento; e essa radiação solar, que tem causado danos, como o abacaxi sendo queimado e cana-planta que não consegue se desenvolver – destaca.

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Leia também: Produção de cana fica abaixo da estimativa anual no RJ

Sobre o futuro da cana-de-açúcar

Almy, que também é professor titular da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), pontua que uma legislação que dê maior segurança ao produtor, através do Projeto de Lei 1440, e financiamento agrícola, vai ao encontro daquilo que é necessário para ter um futuro promissor.

– Acredito que a cana-de-açúcar é a cultura mais importante para a região, a que tem mais história e a que o agricultor está mais preparado. Temos duas agroindústrias trabalhando, podendo chegar a três, para processar esta matéria-prima vegetal, essa biomassa, para produzir álcool, açúcar e bioinsumos, como o biometano. É uma das principais alternativas que temos para alavancar a geração de emprego e renda na região. A cana é uma das principais culturas neste processo, junto com a bovinocultura de corte e leiteira. Todas elas ligadas à agroindústria que a gente já possui – defende.

Almy também pontua que a Secretaria de Agricultura tem trabalhado fortemente com o Programa Estradas do Produtor e viabilizando a construção de cerca de 40 pontes. Além disso, possibilita a limpeza dos canais que podem ser utilizados para irrigação, além do financiamento por meio do FundeAgro, que também é possível em outros agentes financeiros.

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Leia também: Da cana ao petróleo, o ciclo econômico do Norte Fluminense

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