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Outono com El Niño: termômetros disparam em todo o país, com exceção do Sul

O outono será marcado por temperaturas acima da média histórica em quase todo o país, com exceção do centro-sul do Rio Grande do Sul.

O outono chegou ao Hemisfério Sul nesta quarta-feira (20) e, diferentemente dos últimos anos, a estação será marcada pelo enfraquecimento do El Niño e por temperaturas acima da média histórica em quase todo o país. A única exceção fica por conta do centro-sul do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas devem se manter dentro da normalidade.

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De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os meses de abril, maio e junho serão consideravelmente mais quentes do que a média dos últimos anos. Em algumas áreas, a temperatura pode chegar a ficar até 2 graus acima da média durante todo o período.

A meteorologista Márcia Seabra, do Inmet, destaca que, além de fenômenos como El Niño e La Niña, o aumento das temperaturas no outono também pode ser explicado pelo aquecimento global. “As temperaturas estão ficando muito elevadas, e isso provavelmente é algo a que teremos que nos adaptar”, explica.

O El Niño, que atingiu seu pico em dezembro de 2023, vem demonstrando enfraquecimento nos últimos meses. A previsão é que, no outono, o fenômeno dê lugar a uma condição mais neutra.

No fim do outono, existe a possibilidade de que o La Niña comece a se formar no Brasil, ganhando força no segundo semestre. La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico, o que pode resultar em chuvas abaixo da média na Região Sul e acima da média nas regiões Norte e Nordeste.

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Chuvas irregulares

As chuvas no outono devem ficar abaixo da média histórica na maior parte das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, principalmente devido aos impactos do El Niño. No entanto, áreas do norte de Roraima, noroeste e sudoeste do Amazonas e oeste do Acre podem ter chuvas próximas ou acima da média durante o trimestre.

Nas regiões Sul e Sudeste, a previsão é de chuvas acima da climatologia, principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, em áreas de São Paulo e sul de Minas Gerais. Nas demais áreas do Sudeste, a tendência é de chuva próxima e ligeiramente abaixo da média.

Agricultura

A previsão de chuva abaixo da média no Matopiba (região que inclui áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) pode reduzir os níveis de água no solo, prejudicando o plantio e as fases iniciais dos cultivos de segunda safra.

No entanto, a meteorologista Márcia Seabra ressalta que esse período não é de grandes produções agrícolas e que, em alguns locais, a chuva abaixo da média pode até favorecer a colheita e o transporte da safra.

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Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão de chuva acima da média deve beneficiar os cultivos de segunda safra, enquanto nas demais áreas existe a possibilidade de redução da umidade do solo.

O Inmet ainda informa que não há previsão de geada nas principais regiões produtoras de café durante o outono.

Na Região Sul, os volumes de chuva previstos devem manter os níveis de água no solo em nível satisfatório para as fases de maior necessidade hídrica dos cultivos de segunda safra, porém podem prejudicar as operações de colheita da primeira safra.

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