A Justiça de Minas suspendeu o processo de recuperação judicial da 123milhas. Com isso fica adiado pagamento de dívidas e reembolsos.
A decisão da juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte ocorreu no final de janeiro.
A suspensão ocorre porque ainda não está definido quem serão os novos administradores judiciais do caso.
O desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, substituiu dois dos três escritórios nomeados por Batista para atuarem como administradores judiciais no caso, acatando um pedido do Banco do Brasil, maior credor da empresa de turismo.
Os escritórios substituídos e o Ministério Público de Minas Gerais recorreram da decisão, mas ainda não há previsão para que o recurso seja julgado.
A juíza quer que seja feita uma constatação prévia das reais condições das empresas LH – Lance Hotéis e MaxMilhas, que foram incluídas na recuperação judicial apenas no início de outubro de 2023.
A suspensão da recuperação judicial é prejudicial aos credores da 123milhas, que ficam sem saber quando receberão o que têm a receber. Isso inclui os clientes que compraram passagens aéreas ou pacotes de viagens da empresa e ainda não receberam reembolso.
A 123milhas informou, por meio de nota, que aguarda a decisão da Justiça sobre a nova data para apresentar seu plano de recuperação judicial.
Prazos da recuperação judicial
Por lei, a empresa tem 60 dias a partir do início da recuperação judicial para apresentar seu plano de recuperação.
No caso da 123milhas, a Justiça mineira aceitou o pedido de recuperação judicial no final de agosto, mas como o processo ficou suspenso por três meses, a entrega deste documento deveria ter sido feita até quinta (25) –o que não aconteceu.
Agora, com a nova suspensão, é incerto quando o plano será entregue.
