Situado a 180 km da costa brasileira e a uma profundidade superior a 2 mil metros, ostenta o título de maior campo de petróleo.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (15) que o Campo de Búzios, na Bacia de Santos, atingiu a marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos.
Situado a 180 km da costa brasileira e a uma impressionante profundidade superior a 2 mil metros, ostenta o título de maior campo de petróleo do mundo em águas ultraprofundas, tanto em extensão quanto em reservas.
Em junho de 2023, Búzios já havia registrado a produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo equivalente, incluindo gás natural convertido para barris equivalentes de óleo (boe). Agora, a cifra histórica se refere exclusivamente à produção de petróleo.
Potencial
A Petrobras, em consórcio com a Pré-Sal Petróleo (PPSA) e as empresas chinesas CNOOC e CNODC, comanda as atividades de extração de petróleo no campo de Búzios.
Para isso, conta com cinco unidades de última geração: os FPSOs (navios-plataformas) P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso.
Para ilustrar a grandiosidade do campo, a Petrobras destaca que a espessura de seu reservatório equivale à altura do Pão de Açúcar, enquanto sua extensão supera o dobro da Baía de Guanabara.
Expansão
Apesar de ser o maior campo de petróleo do mundo em águas ultraprofundas em termos de extensão e reservas, Búzios ainda não figura como o mais produtivo do Brasil.
Em 2023, o Campo de Tupi se consolidou como o maior produtor marítimo de óleo e gás do Brasil, respondendo por 25% do total nacional, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A fatia de Búzios no total foi de cerca de 18%.
No entanto, a Petrobras projeta que essa realidade se modifique em breve. Segundo a ANP, em 2023, a produção de petróleo do Campo de Búzios aumentou 10,28%, enquanto a do Campo de Tupi caiu 3,5%.
Com a instalação de novos sistemas de produção nos próximos anos, a Petrobras visa elevar a capacidade do Campo de Búzios para 2 milhões de barris de óleo por dia até 2030.