Estudo revela expansão do crime para o interior do estado; armas chegam cada vez mais ao interior destaque para a Costa Verde, Sul, Norte e Noroeste fluminense.
Um estudo realizado pela Subsecretaria de Inteligência (SSI) da Secretaria de Estado de Polícia Militar revelou que mais de 90% dos fuzis apreendidos no ano passado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro foram fabricados em outros países.
Das 492 armas analisadas, 199 são da marca norte-americana Colt, enquanto 194 não possuíam marca, indicando que foram montadas por armeiros envolvidos com organizações criminosas.
O maior número de apreensões ocorreu em regiões do estado onde há disputas de território entre facções criminosas rivais.
Das dez áreas integradas de segurança pública (AISPs) com maior número de apreensões, oito estão situadas na zona oeste da capital e na Baixada Fluminense.
Juntas, essas dez regiões concentraram 377 das 492 apreensões de fuzis registradas no ano passado.
Crime em expansão no interior
O estudo também destacou a expansão do crime organizado para o interior do estado. Na região do 5º Comando de Policiamento (5º CPA), que abrange o Sul Fluminense e a Costa Verde, foram apreendidos 13 fuzis em 2023.
Já na região do 6º CPA, que compreende o Norte e Noroeste do estado, ocorreram sete apreensões.
Segundo a Polícia Militar, o estudo, compartilhado com a Polícia Federal, indica que o tráfico internacional de armas representa um dos maiores desafios para a área de segurança pública do Rio de Janeiro.
A solução para esse problema depende de uma ação articulada entre as polícias do estado e as forças federais.
Origem das armas
Além dos 199 fuzis da marca Colt, fabricados nos Estados Unidos, as demais armas apreendidas pertencem a 43 marcas diversas, praticamente todas originárias de países do Hemisfério Norte.
O dado reforça a necessidade de uma cooperação internacional para combater o tráfico de armas e reduzir a violência no estado do Rio de Janeiro.
