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Rio aflito assiste guerra entre narcomilícia e traficantes

A prisão de Zinho, líder da milícia na Zona Oeste, gerou desequilíbrio de forças e intensificou os confrontos.

Desde o início de janeiro, o Rio de Janeiro vive um período de guerra entre criminosos. A disputa é pelo domínio de territórios, o que permite a lucrativa prática da extorsão contra moradores e comerciantes.

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A prisão de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, líder da milícia na Zona Oeste, em dezembro de 2023, gerou um desequilíbrio de forças e intensificou os confrontos.

Na última semana, houve invasões e tiroteios em pelo menos quatro regiões da Zona Oeste da capital: Rio das Pedras, Muzema, Praça Seca e Gardênia Azul.

Na Gardênia Azul, milicianos tentaram retomar o controle da região após a entrada do Comando Vermelho. O embate, na virada de quarta para quinta-feira, resultou em duas mortes, e na prisão de Kauã dos Santos Araújo, vulgo “Putaria”, que liderou a expulsão da milícia, em outubro do ano passado.

Em resposta aos ataques, traficantes que deslocaram para a Gardênia e, de acordo com as investigações, teriam seguido até Rio das Pedras. No tradicional reduto de milicianos, três pessoas ficaram feridas após intenso tiroteio. Uma van foi incendiada.

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Em outra frente, o Comando Vermelho avançou sobre o Morro do Fubá e Campinho, na Zona Norte, sob controle do Terceiro Comando Puro (TCP), mas foram repelidos.

Já o Jacarezinho, na Zona Norte, vive conflitos quase diários entre policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e traficantes. A PM ocupa a favela desde janeiro de 2022, quando deu início ao projeto Cidade Integrada — iniciativa do governo estadual.

Morte e prisões de milicianos

Morte do Caveira

A Polícia Civil investiga possíveis indícios de assassinato de Jairo Batista Freire, conhecido como Caveira, apontado como um dos potenciais sucessores da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.

O grupo atribui a Jairo a responsabilidade pela morte de Antônio Carlos dos Santos Pinto, conhecido como Pit, e de seu filho de 9 anos, ocorrida no final de dezembro na comunidade Três Pontes. Pit também era considerado um possível sucessor de Zinho.

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Morte de Pit

Antônio Carlos dos Santos Pinto, conhecido como Pit, foi morto a tiros no final de dezembro, na comunidade Três Pontes, em Paciência, Zona Oeste do Rio.

O crime é considerado como uma disputa pela sucessão do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.

Pit era o quarto na hierarquia da milícia de Zinho. Ele era responsável pelas finanças do grupo e tinha duas anotações criminais, uma por formação de quadrilha e outra por porte de arma.

Morte de Sérgio Bomba

A morte de Sérgio Bomba em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes, é apenas mais um capítulo da violenta disputa pelo espólio do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que se entregou à Polícia Federal, em dezembro, sem deixar um claro sucessor.

A disputa por territórios entre grupos milicianos na Zona Oeste do Rio de Janeiro tem deixado um rastro de violência. Desde que Zinho se entregou à Polícia Federal, em dezembro, seus aliados travam uma guerra sangrenta que já deixou sete pessoas mortas.

Prisão de milicianos na Curicica

A prisão de Cláudio César Rocha, conhecido como Cara de Ferro, e Anderson Ferreira de Oliveira, o Andinho, ocorreu na saída de uma boate.

Durante a abordagem, dois seguranças dos milicianos dispararam contra os agentes, e houve confronto. Ambos foram baleados e morreram.

Andinho havia fugido do sistema prisional em 2013, quando 30 detentos escaparam do Presídio Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Na época, ele era vinculado ao tráfico de drogas da Cidade de Deus, mas deixou a facção para integrar o grupo criminoso rival que domina a região da Curicica.

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