As obras do Parque Piedade foram iniciadas em setembro do ano passado. No terreno funcionou a antiga Universidade Gama Filho.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, denunciou nesta terça-feira (9) em seu perfil no X, antigo Twitter, que uma empreiteira responsável pelas obras do Parque Piedade, na Zona Norte do Rio, está sendo extorquida por milicianos.
Segundo Paes, os criminosos exigiram o pagamento de R$ 500 mil à empresa. Caso não seja efetuado o pagamento, eles ameaçam paralisar as obras.
Os milicianos ameaçam paralisar as obras caso o pagamento não aconteça. O valor da obra é de R$ 65 milhões.
– É inaceitável que o crime organizado tente atrapalhar a construção de um parque que vai beneficiar a população da Zona Norte” – disse Paes em sua postagem.
Ele ainda complementou: “Já acionei as autoridades competentes para que tomem as medidas cabíveis.”
As obras do Parque Piedade foram iniciadas em setembro do ano passado. No terreno funcionou a antiga Universidade Gama Filho.
O local, que estava abandonado desde 2014, será transformado em um parque de 18 mil metros quadrados, com playground, área de lazer, quadras esportivas e pista de caminhada.
A prática de extorsão de empreiteiras por milicianos é comum na Zona Oeste do Rio.
O Parque Piedade está sendo construído pelo consórcio HFB, formado pelas empresas Biovert Florestal e Agrícola, Fábio Bruno Construções e Hydra Engenharia e Saneamento.
Prática de milicianos
Em dezembro do ano passado, o Ministério Público do Rio denunciou a milícia liderada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, por extorquir empresas de construção civil da região.
Segundo a denúncia, a milícia cobrava uma taxa de R$ 100 mil por empreendimento e ameaçava paralisar as obras caso o pagamento não fosse feito.
O secretário executivo do ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, informou que ainda não foi comunicado oficialmente sobre o caso pelo prefeito do Rio.