Moradores de Jacarepaguá vivem uma semana de tensão em meio a uma disputa entre milicianos e traficantes pelo controle de territórios.
Os confrontos já deixaram ao menos cinco mortos e dezenas de feridos.
Na terça-feira (30), milicianos e traficantes voltaram a se enfrentar pelo controle da área do Conjunto César Maia, em Vargem Pequena.
A troca de tiros também envolveu policiais militares, que conseguiram apreender um fuzil e granadas.
A região é conhecida por ter muitos prédios residenciais. Em vídeos compartilhados por moradores nas redes sociais, é possível ouvir e ver os disparos feitos pelos bandidos.
Na Gardênia a guerra continua
Enquanto isso, na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, a disputa entre milicianos e traficantes do Comando Vermelho continua a deixar mortos e feridos. Na última semana, ao menos quatro pessoas foram assassinadas na região.
Nesta quarta-feira (31), o 18° BPM (Jacarepaguá) realiza uma operação na Cidade de Deus, para reprimir a movimentação de criminosos envolvidos em disputas de territórios no Rio das Pedras e Gardênia Azul.
Há relatos de confronto desde às 4h na comunidade. Até o momento, um homem foi preso e com ele apreendida uma mochila com drogas.
A guerra entre criminosos rivais pelo controle de territórios na Zona Oeste do Rio já dura mais de um ano.
Sob forte influência de milicianos, as favelas têm sido palco de invasões do Comando Vermelho, que pretende expandir pontos de venda de drogas pelo Rio.
Recentemente, integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) se juntaram com os paramilitares para expulsar bandidos da outra facção, que conseguiram invadir partes desses locais.
A disputa acontece pelos Morros do Fubá e do Campinho, Muzema, Rio das Pedras, Complexo da Covanca, além da Gardênia Azul, Praça Seca e a Cidade de Deus.
O desequilíbrio de forças entre milicianos e traficantes tem sido um dos fatores que contribui para a escalada da violência na região.
Os milicianos, que contam com o apoio de policiais corruptos, têm armamento e treinamento superior aos traficantes. Além disso, eles têm o apoio da população local, que os vê como uma alternativa à violência do tráfico.
