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Uso de bicicleta é cada vez mais incentivado nos centros urbanos

Ciclovias e ciclofaixas avançaram 4% em 2023 no Brasil; em Campos, desde o início de 2021, o município ganhou 14 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas

Morar em uma região com valorização das ciclovias e ciclofaixas é, sem dúvidas, uma das maiores virtudes de quem busca qualidade de vida nos centros urbanos. Questões como mobilidade urbana, melhoria da qualidade de vida, diminuição nas taxas de poluição, economia de tempo e dinheiro são alguns dos benefícios para cidades que buscam ampliar sua malha cicloviária. Nas capitais brasileiras, segundo a Associação Brasileiras do Setor de Bicicletas, as ciclovias e ciclofaixas avançaram 4% em 2023, se comparado a 2022. Já em Campos, desde o início de 2021, o município ganhou 14 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, totalizando 55 km de locais exclusivos para andar de bicicleta em toda a sua extensão.

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Segundo o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte do Município de Campos (IMTT), para a inserção de novos trechos de ciclovias e ciclofaixas, foi feita a contagem de fluxo de ciclistas na cidade, através de estudos do órgão.

Entre as melhorias, neste aspecto, também foi feita a requalificação das ciclovias e ciclofaixas já existentes, melhorando a sinalização, pavimento e a segregação dos espaços, além da criação de novos – onde há grande fluxo de ciclistas.

– Além de dar maior fluidez para trânsito, gera segurança para motoristas e ciclistas, principalmente. são novas áreas ou espaços requalificados com melhor sinalização com alerta para proteção dos mesmos para que consigam transitar e fazer interconexões na cidade e se deslocar com maior segurança – informou o presidente do IMTT, Nelson Godá.

Segundo Godá, já há relatos de associações, inclusive do comércio, e mensagens positivas de grupos de bairros e de estudantes que a implantação de novas ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas têm dado maior segurança para eles.

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– As ciclofaixas estimulam cada vez mais o uso da bike, que é um sistema motorizado não poluente, considerada priorização da mobilidade ativa, tirando veículos de circulação da via e contribuindo para o trânsito, além de ser meio de transporte saudável, que permite deslocamento rápido entre diversos pontos – destaca o presidente do IMTT.

Mobilidade Urbana pede ruas completas

Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal Fluminense (IFF), o professor Antonio Godoy defende que a literatura do urbanismo aponta o conceito de ruas completas. Estas são vias que incluem todos os usuários, desde o pedestre, ciclista, patinador, skatista, passando pelos carros – todos eles com seus espaços delimitados de forma mais equilibrada.

-Na verdade, temos um tipo de planejamento urbano que normalmente é rodoviarista, que é o voltado para automóvel, mas, na verdade, precisa-se inverter essa pirâmide, inverter essa lógica e voltar esse planejamento das ruas e vias para as pessoas. É positiva a implantação de ciclovias, na verdade, mas focando, também, em pedestres nesse conceito de ruas completas que incluem todos os níveis de circulação – explicou Godoy.

Sobre a implantação de novos espaços destinados aos ciclistas em Campos, o professor defende que só do poder público estar fomentando o debate sobre a necessidade de incluir os ciclistas na estrutura de circulação, de mobilidade, ele já é positivo.

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-Discutir qualquer coisa, no debate público, como a simples questão do espaço destinado à mobilidade ativa, a partir da implantação dessas ciclovias, já é algo positivo. Lembrando que, a partir da constituição de 1988, a ideia é de que todas as estruturas de planejamento urbano se deem da forma mais participativa possível – reforça Godoy.

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