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Usina Canabrava recupera inscrição estadual e vai iniciar moagem

Produtora de etanol e energia elétrica, a Nova Canabrava teve decisão favorável da Justiça e iniciará a safra nos próximos dias, gerando 2 mil empregos diretos e 4 mil indiretos.

Vai começar a safra sucroalcooleira no Norte Fluminense. Instalada no limite com o município de São Francisco de Itabapoana, a Usina Nova Canabrava será a primeira a iniciar a produção de etanol, além de energia elétrica. Nesta quarta-feira (13), a empresa obteve tutela de urgência que suspende o impedimento da inscrição estadual, que a impedia de comercializar o etanol por ela produzido. A inscrição havia sido suspensa no dia 9 de fevereiro pela Secretaria Estadual de Fazenda. A expectativa é que a moagem tenha início nos próximos dias.

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Em sua decisão, a juíza Cristiana Aparecida de Souza Santos, da 11ª Vara da Fazenda Pública, acatou os argumentos de defesa apresentados pela usina e sustentou que o cancelamento da inscrição estadual “é ato desproporcional, acarretando impedimento para o livre exercício de suas atividades”. Com permissão para trabalhar, a Canabrava dará um importante fôlego à economia regional, gerando cerca de 2 mil empregos diretos e mais de 4 mil indiretos.

A notícia é um alento num setor profundamente identificado com o desenvolvimento da região, que já chegou a ter 28 usinas em funcionamento. Nas últimas décadas, com as estiagens recorrentes e a falta de incentivos para o aumento da produtividade nos canaviais , aliadas a problemas de gestão, a maior parte das indústrias fechou suas portas. Campos, que já foi a maior produtora brasileira de açúcar e álcool, perdeu espaço para estados como São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

A própria Canabrava viveu momentos amargos. Aberta em 2010, como a mais moderna do estado do Rio de Janeiro, a usina enfrentou graves problemas financeiro chegando a ficar dois anos sem moer cana. Em 2018, seu parque industrial seria leiloado para o pagamento de mais de 3 mil ações trabalhistas, que ultrapassavam R$ 100 milhões. A solução para reverter este quadro foi o arrendamento judicial. Com a nova gestão, 2.289 ações já foram quitadas – um montante que ultrapassa R$ 55 milhões.

As perspectivas para a safra 2022/2023 são as melhores. Além de comprar cana de aproximadamente 1.500 produtores rurais – em sua maioria donos de pequenas propriedades com média de 5 hectares -, a usina investiu no aumento da produtividade em 2.400 hectares de lavouras arrendadas. Com a correção de solo e uso de fertilizantes, será possível aumentar a cana colhida por hectare, passando de uma média de 55 toneladas para até 80 toneladas. A Nova Canabrava também produz energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana.

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Além da Canabrava, apenas uma usina opera na região – a Coagro. A expectativa é que a empresa inicie sua produção em maio.

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