MPRJ solicita que outras possíveis vítimas e familiares de vítimas de crimes com características semelhantes procurem a delegacia da região.
Um homem apontado como serial killer da Baixada Fluminense foi condenado a 23 anos, dois meses e 11 dias-multa, em regime fechado, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A sentença foi proferida na quarta-feira (26/06) pelo 3º Tribunal do Júri do Rio. O réu é investigado por outros homicídios com características semelhantes, especialmente contra mulheres jovens, negras, baixas e com sobrepeso.
A denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) descreve que o réu atraiu a vítima com uma falsa oferta de emprego como cuidadora de idosos.
Após espancá-la até a morte, ele ocultou o corpo em um tonel com entulho no prédio onde morava. O crime ocorreu entre maio e junho de 2021, em Nova Iguaçu.
O promotor de Justiça Bruno de Faria Bezerra, responsável pela acusação, destacou que o crime foi cometido contra a mulher por razões de gênero, evidenciando o menosprezo à condição feminina.
Ele também ressaltou o modus operandi do réu, que buscava atrair suas vítimas com falsas promessas de emprego.
– O réu é um predador de mulheres. Não houve violência sexual. O prazer dele é matar”, afirmou o promotor.
O promotor ainda completou:
– Em Guapimirim, vários homicídios são atribuídos ao réu, que, após atrair e matar a vítima, tentou atrair a irmã e uma amiga dela. Porém, ambas suspeitaram e não foram ao encontro marcado – comentou.
Diante dos fatos, o MPRJ solicita que outras possíveis vítimas e familiares de vítimas de crimes com características semelhantes procurem a delegacia da região para registrar ocorrência.
A condenação do réu representa um passo importante na busca por justiça para as vítimas e na garantia da segurança da população.
O MPRJ segue investigando outros casos relacionados ao réu, que pode ter cometido outros crimes com o mesmo modus operandi.
