Com o Início da demolição de um prédio de seis andares na comunidade da Muzema, em Jacarepaguá, Zona Oeste, do Rio e prefeitura chega a 4 mil demolições desde 2021.
A construção, que conta com 12 apartamentos e cobertura, está localizada no condomínio Figueiras do Itanhangá, mesmo local onde dois edifícios desabaram em 2019, resultando em 24 mortes.
A estrutura de aproximadamente 900 m² não possui alvará e está situada em área de risco, com alta possibilidade de deslizamentos.
A Secretaria de Ordem Pública afirma que o prédio não atende aos requisitos legais e urbanísticos da região, estando em área de encosta com risco de deslizamento.
O imóvel já havia sido embargado e multado diversas vezes. A demolição, que está sendo realizada manualmente por questões de segurança, deve durar alguns dias.
A estimativa da prefeitura é de que o prejuízo para os responsáveis seja de cerca de R$ 3 milhões. Esta é a 14ª demolição no condomínio, que está sob influência do crime organizado.
Com esta operação, a Prefeitura atinge a marca de quatro mil construções demolidas desde 2021, totalizando um prejuízo estimado em R$ 1 bilhão para os responsáveis.
As ações se concentram em áreas de atuação de grupos criminosos, como milícias e traficantes, com 70% das demolições ocorrendo nesses locais, sendo 55% na Zona Oeste.
A Prefeitura também realiza operações em áreas de proteção ambiental.
O Secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, destaca o tripé que motiva as operações: o combate à especulação imobiliária, a asfixia financeira do crime organizado e a proteção da vida dos moradores, uma vez que as construções, em sua maioria, não possuem responsável técnico habilitado.
A tragédia de 2019, quando dois prédios irregulares desabaram no mesmo condomínio, reforça a importância das ações de fiscalização e demolição de construções irregulares.