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PF já sabe quem mandou matar Marielle Franco

Polícia Federal aguarda somente a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa pelo STJ, porque o mandante do crime teria foro privilegiado.

A morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes completa seis anos em março de 2024. Após anos de investigações, o caso está prestes a ser concluído.

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O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A delação está sendo analisada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que indica que o mandante do crime tem foro por prerrogativa de função.

De acordo com o jornal O Globo, a delação de Lessa pode confirmar as informações prestadas pelo ex-PM Élcio de Queiroz, que admitiu ter dirigido o carro utilizado na emboscada à vereadora.

Em seu acordo, Élcio chegou a citar o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão como tendo envolvimento na morte de Marielle.

Brazão já havia sido investigado, mas nada havia sido efetivamente provado contra ele. A Polícia Federal, inclusive, comprovou que houve uma farsa montada para incriminá-lo.

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Agora, com a delação de Lessa, as investigações estão na fase final. Os agentes federais do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) têm que comprovar que as informações prestadas pelo delator são verdadeiras.

Conforme adiantou o colunista Lauro Jardim, se a delação for confirmada, o caso Marielle finalmente será encerrado.

Apuração do Intercept Brasil

Fontes ligadas ao portal Intercept Brasil confirmam também que Lessa, preso desde março de 2019, fechou acordo de delação com a Polícia Federal.

O acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Brazão tem foro privilegiado.

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Em entrevistas anteriores com a imprensa, Domingos Brazão sempre negou qualquer participação no crime.

Possível motivação de Brazão para mandar matar Marielle

De acordo o Intercept Brasil, a principal hipótese para que Domingos Brazão ordenasse o atentado contra Marielle seria uma vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo Psol, hoje no PT, e atual presidente da Embratur.

Quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Domingos Brazão entrou em disputas sérias com Marcelo Freixo, hoje no PT, e com quem Marielle Franco trabalhou por 10 anos até ser eleita vereadora, em 2016.

Domingos Brazão foi citado, em 2008, no relatório final da CPI das milícias, presidida por Freixo, como um dos políticos liberados para fazer campanha em Rio das Pedras.

Marcelo Freixo teve também papel fundamental na Operação Cadeia Velha, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2017, cinco meses antes do assassinato da vereadora.

Ministério Público levantou informações sobre Brazão

O Intercept Brasil mostrou na quinta-feira (11/01), que o Ministério Público já tinha voltado a analisar documentos e anexos do inquérito policial sobre a milícia em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio.

Esse grupo é suspeito de ter ligação com a família Brazão e também com o Escritório do Crime, de acordo com as investigações da Polícia Civil e do próprio MP.

O que diz o advogado de Brazão

O advogado de Domingos Brazão, Márcio Palma, disse que não ficou sabendo dessa informação. Disse também que tudo que sabe sobre o caso é pelo que acompanha pela imprensa, já que pediu acesso aos autos e foi negado, com a justificativa que Brazão não era investigado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a delação de Lessa é “um passo importante” para a elucidação do assassinato de Marielle Franco.

“É preciso que as investigações sejam concluídas o mais rápido possível para que os responsáveis pelo crime sejam punidos”, disse Lira.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também disse que a delação de Lessa é “um avanço importante” nas investigações.

“Espero que a Justiça seja feita e que os responsáveis pelo crime sejam punidos exemplarmente”, disse Pacheco.

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