Apesar da área atingida ser menor em comparação a outros incêndios no parque, as perdas ambientais são significativas.
A Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia (PNI) reabriu para visitação pública nesta segunda-feira (24), após a extinção do incêndio que consumiu cerca de 300 hectares da área de preservação.
A suspensão da visitação, em vigor desde 15 de junho, foi uma medida de segurança adotada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Parquetur, concessionária responsável pelo uso público do parque.
O gestor do PNI, Felipe Mendonça, afirmou que a fase agora é de monitoramento e atenção redobrada, devido ao clima seco característico do período.
Apesar da área atingida ser menor em comparação a outros incêndios no parque, as perdas ambientais são significativas.
O incêndio, que começou em 14 de junho, enfrentou desafios devido à vegetação seca, ventos fortes e difícil acesso à região montanhosa.
O foco principal foi evitar que o fogo se alastrasse para o outro lado da BR-485, que corta o parque, o que poderia causar danos ainda maiores.
O Parque Nacional do Itatiaia já foi atingido por outros incêndios ao longo de sua história, sendo o maior em 1963, quando 4 mil hectares foram consumidos. Em 2001, um incêndio provocado por turistas destruiu mais de mil hectares.
O combate ao incêndio contou com a ação integrada de diversas equipes, incluindo brigadistas, voluntários e parceiros locais, além do uso de câmeras de monitoramento.
A resposta rápida e o uso de equipamentos modernos foram fundamentais para controlar o fogo e minimizar os danos.
O Ministério Público Federal (MPF) recebeu denúncias sobre o incêndio e instaurou uma Notícia de Fato para investigar as causas e responsabilidades.
O Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx) admitiu que o fogo começou durante uma atividade de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), mas as causas ainda estão sendo apuradas.
O Parque Nacional do Itatiaia, primeiro parque nacional do Brasil, completou 87 anos no dia em que o incêndio começou.
A área de preservação protege uma parte importante da Mata Atlântica e recebe cerca de 150 mil visitantes por ano.