Segundo as investigações, o grupo ligado à milícia movimentou cerca de R$ 30 milhões entre 2021 e 2024.
Em uma ação conjunta de diversas unidades da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a “Operação Magnum” foi deflagrada nesta quarta-feira (12) com o objetivo de desarticular uma complexa rede criminosa que lavava dinheiro para milícias da Zona Oeste, Baixada Fluminense, Região Serrana e outros estados.
Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Santa Cruz, Campo Grande, Seropédica e Petrópolis, além de diligências em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo.
O alvo principal é um homem que utilizava empresas de transporte e intermediários para ocultar a origem ilícita de recursos provenientes de atividades criminosas da milícia, como grilagem de terras, loteamento irregular e extorsões.
Segundo as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 30 milhões entre 2021 e 2024.
Ligação com milícias
As investigações revelaram que o alvo atuava inicialmente a serviço do miliciano Danilo Dias Lima, o “Tandera”, mas em 2022, após o enfraquecimento da organização de “Tandera”, se aliou à milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o “Zinho”.
Operação em curso
A operação conta com a participação de unidades especializadas da Polícia Civil, como inteligência, unidades táticas, peritos financeiros e a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais). O objetivo é coletar provas, apreender bens e prender os envolvidos. A ação é resultado de um extenso trabalho investigativo e visa desarticular completamente a rede criminosa, recuperar ativos ilícitos e combater o poder das milícias.
O Cifra (Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos) auxiliou nas investigações, que identificaram as empresas utilizadas para lavar dinheiro e os mecanismos empregados para dissimular a origem dos recursos.
O trabalho investigativo também mapeou o fluxo financeiro da rede criminosa e a ligação com as atividades ilícitas da milícia.
