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Operação combate extorsão de motoristas de app por traficantes na Ilha

Em maio motoristas de aplicativo foram feitos reféns na região, eles foram obrigados a fazer pagamentos em dinheiro e PIX para serem liberados.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quinta-feira (20/06) a operação “Bandeira Livre”, com o objetivo de desarticular uma quadrilha de traficantes que extorquia motoristas de aplicativo na Ilha do Governador.

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A ação, coordenada pela 37ª DP (Ilha do Governador) e com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), mobilizou 180 agentes para cumprir cinco mandados de prisão contra os criminosos.

As investigações revelaram que os traficantes, pertencentes à facção Terceiro Comando Puro (TCP), atuavam no Morro do Dendê e exigiam pagamentos semanais de R$ 150 dos motoristas para que pudessem trabalhar na região.

Aqueles que se recusavam a pagar eram ameaçados de morte e poderiam ter seus veículos incendiados.

A prática criminosa, caracterizada pela Polícia Civil como narcomilícia, consistia na combinação do tráfico de drogas com a extorsão de trabalhadores.

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Além da cobrança ilegal de taxas, os traficantes também são investigados por outros crimes graves, como ameaça, sequestro, homicídio, tortura e porte ilegal de armas de fogo.

A operação “Bandeira Livre” é resultado de um trabalho de inteligência e investigação da 37ª DP, que reuniu provas e identificou os principais suspeitos.

Até o momento, três dos cinco procurados foram presos: Anderson dos Santos Barbosa, Leonardo Alves do Santos, conhecido como “Valoroso”, e Leonardo Rodrigues Pereira, conhecido como “Dogão”.

A ação policial representa um importante passo no combate à criminalidade na Ilha do Governador e na garantia da segurança dos motoristas de aplicativo que atuam na região.

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Falsas corridas

Os motoristas foram atraídos para corridas falsas feitas por traficantes da região. Ao chegar na Rua Magno Martins, eles foram rendidos por bandidos do Morro do Dendê.

Narcomilicianos do TCP só permitem a circulação de motoristas de app que moram na Ilha do Governador, eles são obrigados uma taxa de R$ 60 por semana.

As investigações mostram que, aproximadamente, 300 motoristas são extorquidos semanalmente, gerando uma arrecadação em torno de R$ 60 mil ao mês para os bandidos.

Ameaças constantes

A extorsão praticada pelos traficantes gera medo e insegurança entre os trabalhadores, além de prejudicar a economia local.

As extorsões são feitas mediante grave ameaça de morte e com emprego de armas de fogo.

Os motoristas que se recusam pagar a taxa eram ameaçados de serem mortos ou de terem seus veículos incendiados.

MP denunciou traficantes

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) já havia denunciado, em abril deste ano, um grupo de traficantes do TCP por extorsão a motoristas de aplicativo, mototáxis e táxis na Ilha do Governador.

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