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MST reivindica regularização de assentamento em Campos, e critica ação da PM

O MST fez movimento em uma área em Morro do Coco, 300 famílias pedem regularização do assentamento Cícero Guedes.

Em Campos dos Goytacazes, no Norte Flluminense, cerca de 300 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma área às margens da BR-101, no distrito de Morro do Coco.

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A ação, realizada nesta segunda-feira (15), visa pressionar pela conclusão do processo de regularização do assentamento Cícero Guedes, onde essas famílias vivem há mais de 20 anos.

O MST criticou a atuação da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) durante a operação, acusando-a de intimidar as famílias assentadas com a presença de mais de dez viaturas, uso de drones e bloqueadores de sinal de celular.

A operação policial ocorreu em um momento crítico, apenas três dias após o Ministério Público Federal (MPF) anunciar a investigação sobre a existência de ações policiais desproporcionais em assentamentos de reforma agrária na região.

Lucia Marina dos Santos, dirigente do MST e deputada estadual pelo PT, conhecida como Marina do MST, expressou dificuldades de comunicação com as famílias devido ao suposto bloqueio de sinal promovido pela PM.

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A Secretaria de Estado de Polícia Militar justificou a operação como uma medida para garantir a segurança e a ordem, diante da possibilidade de invasões ilegais a propriedades locais.

A ação policial coincide com o início da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, marcada pelo MST para lembrar o Massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido em 1996.

Além da ocupação em Campos dos Goytacazes, o MST também denunciou a atuação dos agentes de segurança pública na região, acusando-os de agir em aliança com proprietários rurais contra o direito de reunião, liberdade de associação e o cooperativismo.

O grupo enfatiza que a reforma agrária é uma política pública constitucional, essencial para garantir segurança alimentar, proteção ambiental e a democratização da terra.

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O MPF, por sua vez, apura as denúncias de intimidação policial contra os assentados rurais, com ofícios enviados às secretarias de Estado de Segurança Pública e de Polícia Militar solicitando esclarecimentos e providências sobre as ações policiais desproporcionais.

A investigação inclui a possibilidade de atuação de milícias rurais para coibir o direito de reunião no campo, destacando a preocupação com a presença ostensiva da PM na região.

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