Segundo as denúncias, os criminosos cobravam uma taxa semanal de R$ 150 dos motoristas para que pudessem trabalhar na Ilha do Governador.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, no dia 1º de abril, um grupo de traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) por extorsão a motoristas de aplicativo, mototáxis e táxis na Ilha do Governador.
As denúncias foram feitas pelo promotor de Justiça Sauvei Lai, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Ilha do Governador e Bonsucesso, às 5ª e 35ª Varas Criminais da Comarca da Capital.
Segundo as denúncias, os criminosos cobravam uma taxa semanal de R$ 150 dos motoristas para que pudessem trabalhar na região.
As vítimas também eram obrigadas a se cadastrar em cooperativas criadas pelos traficantes e a usar adesivos que identificavam os motoristas que estavam em dia com as extorsões.
Requintes de crueldade
As extorsões eram feitas mediante grave ameaça de morte e com emprego de armas de fogo. Os motoristas que se recusavam a pagar a taxa eram ameaçados de serem mortos ou de terem seus veículos incendiados.
O promotor Sauvei Lai pediu a prisão preventiva dos denunciados, argumentando que eles representam um perigo para a sociedade.
– Os denunciados integram uma organização criminosa violenta e já cometeram diversos crimes. É necessário prendê-los para garantir a segurança da população – disse o promotor.
O promotor Sauvei Lai também ressaltou que o modus operandi dos denunciados é semelhante ao utilizado pela facção TCP em anos anteriores.
– Essa facção já explorou o transporte alternativo na região no passado, é importante que as autoridades tomem medidas para impedir que isso se repita – comentou.
