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MP denuncia mulher por racismo contra vendedora ambulante no Centro do Rio

O incidente, ocorrido em julho de 2023 em um food truck, ganhou ampla repercussão nas redes sociais após a divulgação de um vídeo que registra o momento da ofensa.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) formalizou, na segunda-feira (17/06), a denúncia contra uma mulher acusada de cometer crime de racismo contra uma vendedora ambulante negra no Centro do Rio.

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De acordo com a denúncia apresentada pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, a acusada teria proferido a frase “nem o teu cabelo vale mais do que eu” durante uma discussão com a vítima sobre o uso dos bancos públicos disponíveis no local.

A frase, carregada de preconceito e discriminação racial, foi dita em voz alta e na presença de diversas testemunhas, causando constrangimento e humilhação à vendedora.

O promotor de Justiça Alexandre Themístocles, responsável pela denúncia, ressaltou que a acusada extrapolou os limites da liberdade de expressão ao proferir palavras que reforçam estereótipos racistas e inferiorizam a vítima com base em sua característica física.

A denúncia destaca que o crime de racismo não se limita a ofensas verbais, mas abrange qualquer conduta discriminatória que atente contra a dignidade e a honra de uma pessoa em razão de sua raça ou cor.

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O caso, que viralizou nas redes sociais, gerou grande comoção e debate sobre o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. A vítima, que preferiu não se identificar, relatou ter se sentido profundamente humilhada e desrespeitada pela atitude da acusada.

Ela afirmou que o episódio a fez reviver o trauma de outras situações de discriminação racial que já enfrentou ao longo da vida.

A denúncia do MPRJ representa um importante passo na luta contra o racismo e na busca por justiça para a vítima. A acusada responderá pelo crime de racismo, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.

O processo seguirá seu curso na Justiça, e espera-se que a decisão sirva como exemplo para coibir a prática de crimes de ódio e promover uma sociedade mais igualitária e respeitosa.

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