Fábrica operava em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, onde os policiais fecharam um depósito de insumos usados para adulteração do azeite.
Após desdobramentos da Operação Getsêmani, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou o recolhimento de dez marcas de azeite de oliva extravirgem de comerciantes, varejistas e atacadistas.
As marcas afetadas são: Terra de Óbidos, Serra Morena, De Alcântara, Vincenzo, Az Azeite, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Don Alejandro, Mezzano e Uberaba.
Essa medida cautelar visa proteger os consumidores após a descoberta de um esquema ilícito de importação, adulteração e distribuição de azeite de oliva fraudado.
A fábrica clandestina de azeite de oliva funcionava em Saquarema, na Região dos Lagos, onde também foi fechado um depósito de insumos
De acordo com as investigações, a operação descobriu que a empresa envolvida no esquema misturava azeite de oliva com outros tipos de óleo vegetal, visando aumentar a quantidade do produto e o lucro.
O “azeite extravirgem” era então vendido em garrafas com rótulos falsos de marcas espanholas e portuguesas, enganando os consumidores.
Além disso, as condições precárias de higiene na fábrica representavam um risco à saúde pública.
A Operação Getsêmani ocorreu nos dias 6, 7 e 8 de março em São Paulo (SP), Recife (PE) e Natal (RN), e em Saquarema.
Durante a ação, foram apreendidos mais de 104 mil litros de azeite de oliva fraudado, bem como embalagens e rótulos.
Essa não é a primeira vez que azeites adulterados são apreendidos no país. Em janeiro, 24,5 mil litros de azeite foram retirados de circulação em supermercados de municípios do centro-oeste paulista devido à má qualidade e falsificação de rótulos.
Cuidados
Diante desse cenário, o Ministério da Agricultura e Pecuária orienta os consumidores a verificarem a lista de produtos irregulares já apreendidos antes da compra, evitarem a compra a granel, optarem por produtos com data de envase mais recente e observarem a data de validade e os ingredientes contidos.
Além disso, recomenda-se verificar se o óleo está turvo e se há informação sobre mistura de óleos na embalagem, bem como desconfiar de preços muito abaixo da média de mercado.