O crime tirou a vida do casal de enfermeiros sindicalistas Edma Rodrigues Valadão e Marcos Otávio Valadão em 1999.
O ex-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Gilberto Linhares Teixeira, foi condenado a 26 anos de prisão, na madrugada da última quinta-feira (18), após quase 25 anos do assassinato do casal de enfermeiros sindicalistas Edma Rodrigues Valadão e Marcos Otávio Valadão.
A sentença, proferida pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, determinou o cumprimento da pena em regime fechado por homicídio duplamente qualificado.
Gilberto foi denunciado pelo MPRJ como mandante do homicídio do casal de sindicalistas, mortos a tiros quando saíam de casa na Avenida Marechal Rondon, no Rio de Janeiro.
O crime que vitimou Edma (que, à época, era presidente do Sindicato dos Enfermeiros) e Marcos (presidente da Associação Brasileira de Enfermagem) ocorreu no dia 20 de setembro de 1999.
Segundo investigações, o casal foi brutalmente executado a tiros, em um crime premeditado e motivado por vingança.
As vítimas, na época, eram figuras ativas na luta contra a corrupção no âmbito da enfermagem, tendo sido responsáveis pelas denúncias que resultaram na deflagração da Operação Predador pela Polícia Federal.
Operação Predador
A Operação Predador, desencadeada em 2000, expôs um esquema de corrupção de grandes proporções no COFEN, presidido por Gilberto Linhares Teixeira à época.
As investigações revelaram diversos crimes, incluindo falsidade ideológica, peculato, falsificação de documentos e desvio de verbas. Como resultado, Gilberto foi preso e condenado, tendo seu registro profissional cassado.
Nota do Cofen
Em nota, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e os Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren) pontuaram que: “Diante do desfecho do caso, se unem aos familiares, amigas e amigos das vítimas, na expectativa de que a pena seja cumprida e, assim, essa página triste da história da Enfermagem seja virada”.
