Publicidade

Ex-governador Francisco Dornelles morre aos 88 anos

Político de longa tradição, Dornelles estava internado num hospital particular do Rio. Além de governador, o político foi senador, ministro e deputado.

Morreu nesta quarta-feira (23), aos 88 anos, Francisco Dornelles. Ele estava internado desde maio em um hospital particular no Rio. Político com longa trajetória, ele foi ministro, senador, deputado federal e governador do estado do Rio de Janeiro.

CONTINUE LENDO APÓS A PUBLICIDADE

Nascido em Belo Horizonte, Dornelles veio de uma família de políticos. Por parte de pai, era primo de segundo grau do ex-presidente Getúlio Vargas. Por parte de mãe, era sobrinho dos ex-presidentes Tancredo Neves e Humberto Castelo Branco. Era primo em segundo grau do ex-senador e ex-governador de Minas Aécio Neves.

Dornelles era formado em Direito e Finanças Públicas pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciou a carreira política ao lado do tio Tancredo Neves, em 1959, na Secretaria de Finanças de Minas Gerais. Depois, tornou-se secretário particular de Tancredo na gestão como primeiro-ministro. Como secretário da Receita Federal, em 1979, criou o símbolo do leão como imagem representativa do Imposto de Renda e da instituição.

Em 1985, assumiu o ministério da Fazenda no primeiro governo civil no país, após o fim da ditadura militar. Dornelles foi escolhido pelo presidente eleito Tancredo Neves e permaneceu no cargo no governo de José Sarney, que assumiu a Presidência da República  com a morte de Tancredo. 

No ano seguinte, foi eleito deputado federal pela primeira vez, e reeleito por mais quatro mandatos. Dornelles foi deputado constituinte, participando da aprovação da Constituição Federal de 1988.

CONTINUE LENDO APÓS A PUBLICIDADE

No governo Fernando Henrique Cardoso, chefiou os ministérios da Indústria e Comércio e do Trabalho. Em 2006, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro.

Em março de 2016, Dornelles, então vice-governador do Rio, assumiu o governo do estado interinamente em razão da licença médica de Luiz Fernando Pezão para tratamento de um câncer. Na ocasião, tornou-se o primeiro governador a decretar estado de calamidade pública na área financeira do estado. A medida foi tomada a 49 dias do início dos Jogos Olímpicos no Rio.

Já em 2018, assumiu o governo do estado de forma definitiva após Pezão ter sido preso na Operação Lava Jato. Ficou no cargo por 32 dias, quando passou o posto a Wilson Witzel, eleito governador.

Publicidade
Publicidadespot_img
Publicidade

Posts relacionados

Publicidade
Publicidade