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Empresários querem basta contra extorsões; operação em Campos desarticula milícia

Cobrança de taxas em obras e indústrias é prática cada vez mais comum. Em dezembro, operação desarticulou milícia na Baixada Campista.

Empresários do Rio de Janeiro se mobilizam contra a ação de milicianos que promovem extorsões cobrando taxa de segurança em obras, indústrias e comércios.

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Em uma reunião na Firjan ocorrida em novembro do ano passado representantes de dez grandes empreiteiras e do Sinduscon se reuniram Em 8 de novembro do ano passado, a pedido do setor da construção civil, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli.

Os empresários relataram que milicianos e traficantes cobram taxas de obras de empreiteiras e também de indústrias no Rio. Os valores variam de R$ 10 mil a R$ 100 mil, dependendo do tamanho da obra.

Os criminosos ameaçam fazer saques nos canteiros e quebrar equipamentos caso as “taxas” não sejam pagas.

O caso mais emblemático relatado foi o de um empresário de uma construtora com forte atuação em obras públicas no Rio. Ele contou que foi obrigado a entregar um terreno para a milícia na Zona Oeste da cidade. Depois, teve que pagar R$ 450 mil — o mesmo valor da compra do imóvel — para ter a área de volta.

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Outro empresário relatou que teve que pagar R$ 100 mil a traficantes para que não roubassem o material de sua obra.

Alguns municípios do Estado do Rio já alertaram as autoridades policiais sobre a ação da milícia em cobrança de taxas de obras públicas. Por medo de retaliação, muitas não quiserem comentar.

Caso de Campos

Em dezembro do ano passado, uma operação liderada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços da Baixada Campista, no Norte Fluminense. O objetivo foi desarticular uma milícia que tenta atuar na região.

Todos os alvos estão denunciados por extorsão qualificada, associação criminosa qualificada e associação para o tráfico de drogas.

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Dias depois da operação, o braço direito do tráfico na Baixada Campista, no Norte Fluminense, conhecido como Kildery foi preso no Açu, no município de São João da Barra.

Segundo a denúncia do GAECO/MPRJ, Kildery integra o grupo criminoso chefiado por Fernando Silva Balbinot, conhecido como “Fernandinho”, apontado pela investigação como o responsável pelas extorsões de empresários na Baixa Campista.

A ação da Polícia Federal e do Ministério Público é um importante passo para combater a prática de extorsões por milicianos e traficantes no Rio de Janeiro. No entanto, é preciso que as autoridades continuem trabalhando para coibir essa atividade criminosa, que prejudica o desenvolvimento econômico do estado.

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