Na Região Norte, apenas 64,2% da população tem acesso à água potável, índice inferior à média nacional de 84,9%.
A data de hoje, Dia Mundial da Água, serve como um lembrete crucial da necessidade de garantir o acesso universal a este recurso vital.
No Brasil, a realidade é preocupante: cerca de 33 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à água potável, segundo dados do Instituto Trata Brasil.
A disparidade regional é gritante. Na Região Norte, apenas 64,2% da população tem acesso à água potável, índice inferior à média nacional de 84,9%.
Cidades como Porto Velho (RO), Ananindeua (PA) e Santarém (PA) apresentam os piores índices, com menos da metade da população tendo acesso à água potável.
A presidente do Trata Brasil, Luana Pretto, aponta a falta de investimento e a baixa priorização do saneamento como os principais fatores para essa realidade.
A região Norte investe apenas R$ 57 por ano por habitante em saneamento, enquanto a média nacional necessária para alcançar a universalização é de R$ 231.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destaca que 2,1 milhões de crianças e adolescentes até 19 anos vivem sem acesso adequado à água potável no Brasil, agravando sua situação de vulnerabilidade.
Em tramitação no Congresso Nacional, a PEC 6/2021 busca garantir o acesso à água potável como direito fundamental na Constituição Federal.
O relator da PEC na Câmara, deputado Pedro Campos (PSB-PE), acredita que a aprovação da proposta fortalecerá as políticas públicas de saneamento e o acesso à água potável.
A sociedade civil também precisa se mobilizar e cobrar dos governantes investimentos em saneamento básico e políticas públicas que garantam o acesso universal à água potável.
A água é um direito fundamental, e todos os brasileiros devem ter acesso a esse recurso vital.