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Cigarro eletrônico mata mais que cigarro comum, diz estudo

OMS recomenda tratamento dos cigarros eletrônicos como o do tabaco. Brasil tem 2,2 milhões de usuários de cigarro eletrônico, a maioria jovens.

Um estudo conduzido nos Estados Unidos mostrou que o número de pessoas que acreditam que os cigarros eletrônicos são mais nocivos à saúde do que os cigarros tradicionais saltou de 6,8% para 28,3% em um período de dois anos (2018 a 2020).

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A pesquisa, realizada pela Universidade de Michigan, avaliou a opinião de cerca de 1.500 adultos americanos sobre os riscos dos cigarros eletrônicos.

Os resultados sugerem que a percepção pública sobre os riscos dos cigarros eletrônicos está mudando rapidamente.

Isso pode ser devido a uma série de fatores, incluindo o aumento do número de casos de doenças pulmonares graves relacionadas ao uso de vape e a divulgação de informações sobre os riscos dos cigarros eletrônicos por parte de autoridades de saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também alertou para os riscos dos cigarros eletrônicos.

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A organização sugere aos países que tratem esses dispositivos eletrônicos de fumar da mesma forma que o tabaco é tratado. Com adoção de medidas de controle e a proibição dos dispositivos com sabor.

No Brasil, os cigarros eletrônicos são proibidos desde 2009. No entanto, estima-se que cerca de 2,2 milhões de pessoas usem esses dispositivos para fumar. A maioria, jovens.

A Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

Doenças causadas

“Os cigarros eletrônicos podem causar uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, derrames, câncer e doenças pulmonares”, disse o médico Alexandre Milagres, coordenador do Centro de Apoio ao Tabagista.

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“Além disso, os cigarros eletrônicos podem ser uma porta de entrada para o tabagismo tradicional. Muitos jovens começam usando cigarros eletrônicos e, depois, passam a fumar cigarros convencionais”, acrescentou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu consulta pública para saber o que a sociedade pensa sobre a liberação dos cigarros eletrônicos. A consulta fica aberta até 9 de fevereiro de 2024 e pode ser acessada por qualquer pessoa.

Milagres é contrário à regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil. Ele argumenta que a regulamentação não garantiria que o comércio ilegal desses dispositivos fosse extinto.

“A indústria do tabaco está interessada na legalização dos cigarros eletrônicos porque quer recuperar os clientes que está perdendo”, disse. “O cigarro tradicional está sendo cada vez mais rejeitado pela sociedade, e a indústria quer encontrar um novo nicho de mercado.”

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