A atriz Cacau Protásio foi vítima de ataques após a gravação do filme no pátio do quartel na Praça da República, em 2019.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o estado pague R$ 80 mil de indenização à atriz campista Cacau Protásio por danos morais em decorrência de ataques racistas cometidos por militares do Corpo de Bombeiros.
O fato ocorreu após a gravação do filme “Juntos e Enrolados” no pátio do quartel na Praça da República, no centro da capital, em 2019.
Segundo a ação, a atriz foi alvo de preconceito, gordofobia e racismo por parte dos bombeiros, que gravaram um vídeo clandestino dela e de dançarinos durante as gravações do filme.
O vídeo foi divulgado nas redes sociais e causou grande repercussão.
A atriz afirmou que recebeu vários áudios por meio do aplicativo WhatsApp contendo discurso de ódio e que foi alvo de comentários racistas e gordofóbicos nas redes sociais.
Ela também disse que o caso lhe causou “infelicidade e constrangimento”.
A decisão da Justiça foi tomada em primeira instância e cabe recurso.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro ainda não se manifestou sobre a decisão.
Reações
A atriz Cacau Protásio comemorou a decisão da Justiça. “É uma vitória para mim e para todas as pessoas que sofrem racismo no Brasil”, disse.
A atriz também agradeceu o apoio da população. “Obrigada a todos que me apoiaram nessa luta”, afirmou.
