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Aquecimento coloca oceanos em perigo e parte do Rio está ameaçada

Estudo aponta que parte do Estado do Rio estará vulnerável aos efeitos da mudança climática. Estão na lista: Rio, Caixas, Região dos Lagos e Norte Fluminense.

Um novo relatório da Unesco, divulgado nesta segunda-feira (3), soa o alarme sobre o estado crítico dos oceanos.

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O documento, intitulado “Relatório sobre o Estado do Oceano” (StOR), apresenta um panorama preocupante, com um conjunto de dados científicos que evidenciam o aquecimento acelerado das águas, a acidificação e a redução das taxas de oxigênio (O₂) no ambiente marinho.

Um dos principais alertas do relatório é o aumento acelerado da temperatura dos oceanos.

O monitoramento indica que esse aquecimento não se restringe às águas superficiais, afetando também as zonas mais profundas, onde apenas 25% do fundo do oceano está mapeado até o momento.

O ano de 2023, segundo o StOR, foi marcado por recordes de temperatura oceânica, com um ritmo de aquecimento cada vez mais veloz.

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Consequências

As consequências do aquecimento dos oceanos são graves e de longo alcance. O relatório destaca a elevação do nível do mar, as alterações nas correntes oceânicas e as mudanças drásticas nos ecossistemas marinhos como os principais impactos.

A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, já havia alertado no ano passado que o nível dos oceanos subiu em média nove centímetros nos últimos 30 anos.

Estado do Rio

No estudo recente da NASA, publicado na revista científica Geophysical Research Letters, aponta que o aquecimento global está intensificando os efeitos das mudanças climáticas no estado do Rio de Janeiro.

Os cientistas analisaram dados de temperatura, precipitação e nível do mar nas últimas décadas, revela um panorama preocupante para o futuro do estado.

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O estudo da NASA confirma ainda que o Rio de Janeiro está entre as regiões do Brasil que mais sofrem com o aumento das temperaturas.

A média anual de temperatura na capital fluminense subiu cerca de 1,5°C desde o início do século XX, e a tendência é que esse aumento continue nas próximas décadas.

O aumento acelerado do nível do mar, impulsionado pelo aquecimento global, representa uma séria ameaça para diversas comunidades costeiras no Brasil, incluindo municípios fluminenses.

Um relatório da Climate Central, organização de pesquisa sem fins lucrativos, mapeou as áreas mais vulneráveis à inundação permanente e destaca bairros do Rio de Janeiro e Duque de Caxias como pontos críticos.

Ilha do Governador e Campos Elísios sob risco

Na capital fluminense, a Ilha do Governador, com sua baixa altitude e extensa orla, figura como uma das áreas mais suscetíveis aos impactos da elevação do mar.

O relatório da Climate Central projeta que, em cenários de aumento extremo do nível do mar, grande parte da ilha poderá ser submersa, deslocando milhares de moradores e causando danos irreversíveis à infraestrutura local.

No município de Duque de Caxias, o bairro Campos Elísios, situado na margem leste da Baía de Guanabara, também se encontra em zona de alto risco.

A combinação de baixa altitude, ocupação desordenada e precárias condições de drenagem torna a região particularmente vulnerável a inundações, colocando em risco a vida e o bem-estar da população local.

Outras cidades em alerta

O estudo da Climate Central não se limita ao Rio de Janeiro e Duque de Caxias. Cidades costeiras como Campos dos Goytacazes e Cabo Frio, ambas localizadas no norte do estado do Rio de Janeiro, também figuram entre as áreas com maior probabilidade de sofrer inundações permanentes em decorrência da elevação do mar.

Acidificação e queda de oxigênio

O estudo da Nasa e da StOR tem uma profunda relação e se complementam. O trabalho realizado pela Unesco aponta para outros dois processos preocupantes: a acidificação dos oceanos e a queda da disponibilidade de oxigênio.

A acidificação é decorrente da maior absorção de gás carbônico pelas águas, exigindo medidas urgentes de mitigação.

Já a redução do oxigênio, causada principalmente pela poluição, ameaça a vida das espécies e a biodiversidade marinha.

Oceano e controle climático

O relatório da Unesco ressalta a importância crucial do oceano para o controle climático do planeta.

Sua capacidade de absorver grandes quantidades de gás carbônico é fundamental para o equilíbrio climático.

No entanto, essa absorção gera consequências, como a acidificação já mencionada.

Novas pesquisas e desafios

Apesar de reunir diversas informações e dados científicos, o StOR reconhece a necessidade de novas pesquisas para aprofundar o conhecimento sobre as mudanças em curso nos oceanos e prever suas consequências.

A falta de dados adequados e agregados, conforme alertado no prefácio do documento, é um dos principais desafios a serem superados.

Ação urgente é necessária

O relatório da Unesco é um chamado à ação urgente para proteger os oceanos e garantir a saúde do planeta. As medidas de mitigação das mudanças climáticas, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, são fundamentais para combater o aquecimento e seus impactos nos oceanos.

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